terça-feira, 27 de outubro de 2015

Pra fugir da fila no CCBB!


Todo mundo sabe que a exposição Castelo Rá-Tim-Bum está no CCBB e tá bombando!

A possibilidade de rever cenários, figurinos, testes e trechos de entrevista com o elenco está levando os cariocas a formarem filas intermináveis nas portas do prédio da Primeiro de Março.

Mas se você tá doido pra ir mas não quer enfrentar fila, vai ficar muito alegre em saber que agora as visitas podem ser agendadas, de hora em hora, no site da Ingresso Rápido.

A exposição vai até 11 de janeiro de 2016.

segunda-feira, 26 de outubro de 2015

Devir no Teatro Rival


Eu sou aficcionada por realities de música e culinária.

Conheci a banda Devir assistindo eles no Supestar e invejando uma colega de trabalho, que me contava, num misto de surpresa e embevecimento, que já tinha assistido eles muitas vezes, cantando no condomínio dela em Niterói.

Eis que apareceu um show deles no Teatro Rival na semana passada e com ele a oportunidade de saber se o que eu vi até então era música boa ou mágica da televisão.


Acabou que não me decepcionei. A banda é ainda melhor ao vivo e a vocalista, Amanda Chaves, realmente estourou o teto do pequeno Rival.

O repertório é cheio dos mash-ups apresentados no programa, revirados em músicas internacionais com clássicos da MPB, muito reggae, rap, jazz, soul, pop e rock.

As letras em inglês precisam de mais trabalho. Apresentar uma música sem saber a letra não é digno de uma banda que está querendo se estabelecer. Se tivessem mais músicas de autoria do grupo mesmo eu não reclamaria, afinal, depois do programa, o que a gente quer é ver tudo o que eles podem fazer e criar.

As músicas autorais do grupo mostram o potencial da banda e um lado mais suave da vocalista, mas não tem tanta inovação quanto as novidades apresentadas nas misturinhas.

A banda ainda apresentou participações especiais de Dudu Azevedo na bateria, que mandou muito bem, do instrumentista Guilherme Schwab, do Suricato, que impressionou tocando um instrumento de sopro aborígene e também na guitarra, e a cantora Lorena Simpson, que apresentou uma música tão entendiante quanto sua voz. Ficou parecendo muito que sua apresentação, sem muita presença de palco, não passava de uma inserção da Som Livre no show.

Ainda assim, o potencial da banda é imenso e saí do show com gostinho de quero mais.

Agora é acompanhar e ver o que mais essa galera de Niterói tem pra mostrar. Espero fortemente que a época de tocar no condomínio da Carlinha fique pra trás!


quarta-feira, 15 de julho de 2015

Conversê no Porto, acarajé e intolerância religiosa

Stela à esquerda e minha amiga Jussara à direita

No ultimo dia 25 fui à Casa do Porto, um singelo sobrado no Largo de São Francisco da Prainha, pra discutir sobre intolerância religiosa. A conversa seria conduzida por Stela Caputo e Binho Cultura.

Ele, líder cultural na Zona Oeste da cidade,  negro, de dread e cordão, evangélico.

Ela, antropóloga, educadora e jornalista, moradora da baixada fluminense, branca, de olhos claros, candomblecista.

O tema era intolerância religiosa.

Aprendi, naquela noite, muito sobre as duas religiões e sobre essas duas pessoas, sobre suas trajetórias incríveis, e sobre seres humanos em geral.

Com o Raphael Vidal e a Néia, aprendi sobre receber bem, como quem recebe na sala de casa, sobre gestão cultural, empreendedorismo, economia criativa e sobre sonhos. Especialmente, sobre realizar sonhos.

Com a Mãe Sônia, do Tabuleiro da Baiana, aprendi sobre amor, respeito, criatividade e o que é um acarajé bem feito- depois do acarajé dela, acho que nunca comi um de verdade.

Acima de tudo, aprendi sobre respeito à diferença, sobre como religião não é só a maneira como você se liga com tudo aquilo que é supostamente divino, mas é a expressão cultural e de identidade de uma comunidade. É tradição, costume, dogma, mas, acima de tudo, amor. E por isso, nunca deve ser desrespeitada, negligenciada, discriminada nem marginalizada.

Aprendi sobre a crueldade das crianças, dos docentes, das instituições de ensino , dos núcleos familiares com suas crianças- e com os adultos também- mas pude ver também como as pessoas podem ser acolhedoras, respeitosas com o desconhecido, apesar de temerosas dele. Do respeito com o medo do desconhecido que as crianças tem, e como elas podem ser protetoras umas com as outras,além de extremamente sábias.

A energia ali era tão forte que em muitos momentos as pessoas choravam, ou por se identificar como vítimas de intolerância, ou com a confusão em relação à religião que às vezes acomete alguns de nós.

Talvez alguns lembrassem de como é confuso formar uma identidade complexa que comporte sua religião, ou por terem vivenciado em algum momento de suas vidas o acolhimento do amor de sua religião.

Discutimos até como lutar pelo respeito ao direito de todos nós de professar nossa religião, seja ela qual for, seja ela nenhuma.

Aprendi que "quem tolera, o faz apenas com quem não pode eliminar" (Stela), e que não devemos esperar pela tolerância, mas exigir respeito.

E aprendi que pra isso, devemos usar menos o ofá, a arma de Oxóssi, e mais o abebé, tentando sempre refletir o que é bonito. Para isso, devemos perseverar  na luta, mas com amor.

Afinal, o mel ainda atrai mais abelhas do que o fel. E o amor ainda agrega mais do que a hostilidade.

Todas as quartas a Casa Porto recebe convidados para palestras, oficinas e debates, visando discutir tópicos relevantes para a sociedade carioca e brasileira como um todo, bem como lançar um holofote à produção econômica e cultural das comunidades da Zona Portuária.

O objetivo é avivar a comunidade carioca, chamá-la a um movimento de raciocínio e reformulação, além de preparar a área portuária para o combate à gentrificação e à consequente morte histórica e cultural dessa região do Rio.

A Casa Porto convida todos os cariocas, de nascimento e coração, a participar desse movimento!



Stela autografou seu livro pra gente! Pena que não deu pra tirar foto com o Binho! Quando vi,  ele já tinha partido! :(



terça-feira, 14 de julho de 2015

Por quê o seu rincão é mais legal que o meu?




Faleceu no último dia 24 o cantor sertanejo Cristiano Araújo.

Ele era um jovem de 29 anos, bonito e representante do sertanejo universitário, tanto que seu maior sucesso consistia na repetição de algumas sílabas primárias, como muitas outras músicas sertanejas de sucesso hoje em dia.

Mas isso tudo você já sabia.

O grande sucesso de Cristiano Araújo é o tipo de música que faz Zezé Di Camargo e Luciano, Chitãozinho e Xororó e Leandro e Leonardo parecerem graduados em Literatura, e Tonico e Tinoco e Zé Rico e Milionário, verdadeiros doutorandos.

Mas era um jovem bonito, possivelmente talentoso, que fez fama e dinheiro cedo, mediante belo contrato com a Som Livre , da Globo (fato que obviamente não foi ressaltado no execrado texto de Zeca Camargo) e shows no eixo Sudeste - Centro-Oeste, e até no exterior.

A cobertura midiática sobre o trágico acidente que tirou a vida dele e de sua bela namorada de apenas 19 anos vem sendo ainda explorada de forma extenuante, de tão insistente, especialmente para aqueles que não dão a talvez devida atenção a esse gênero musical - e aqui eu me refiro ao sertanejo como um todo, veja bem.

Porque a maioria dos meus amigos e conhecidos do meu mural do Facebook não o conheciam, mas com certeza já ouviu e/ou sabe cantar NO RITMO os seguintes versos:

Eu sei que te amo, 
Chega de mentiras  
De negar o meu desejo 
Eu te quero mais do que tudo 
Eu preciso do seu beijo 
Eu entrego a minha vida 
Para você fazer o que quiser de mim 
Só quero ouvir você dizer que sim

Ou ainda:

Em vez de você ficar pensando nele 
Em vez de você viver chorando por ele 
Pense em mim, chore por mim 
Liga pra mim, não, não liga pra ele 
Pra ele! Não chore por ele!

Lá em casa, dependendo do que puxem, a meninada canta de peito aberto, devido à memória do que ouvíamos no toca-fitas do pai e da mãe, durante a infância.

Então, por favor, não nos acuse de preconceito! Longe de nós, certo?

Mas que não conhecíamos o rapaz tão bem aqui no Rio de Janeiro, não conhecíamos.



Assim como muitos de meus amigos cariocas, senão todos, não conheciam Nico Fagundes.

Assim como as fitas de Leandro e Leonardo, fez parte da infância de muitos de meus amigos gaúchos assistir aos domingos de manhã o Galpão Crioulo, programa da RBS TV, afiliada da Rede Globo no Rio Grande do Sul, comandado pelo muito querido Nico Fagundes, que, porventura, também morreu na mesma semana em que partiu Cristiano Araújo.

Nico era apresentador, poeta, compositor, advogado, historiador, folclorista e antropólogo. Sua mais famosa composição, o Canto Alegretense, é praticamente o segundo hino do Rio Grande do Sul.

Um expoente na pesquisa e representação da cultura tradicional gaúcha, Nico só na TV tinha meros 30 anos de carreira.

Não era tão bonito e nem tão jovem, do alto de seus bem vividos 80 anos, nem morreu de forma trágica, mas no contexto do regionalismo gaúcho, era mais líder que o Lasier tomando choque das uva no Jornal do Almoço.

Sempre vou morrer de rir vendo esse vídeo...


Embora tudo isso que eu disse, com exceção do Zero Hora, a morte de Nico não inspirou nossos jornalistas, e sua partida não foi digna de grandes notas na mídia nacional, o que é absolutamente lamentável, diante da grandeza de sua representatividade cultural.

Meu objetivo aqui não é diminuir o fenômeno que talvez tenha sido o sucesso de Cristiano Araújo, mas relativizar a importância que se dá a cada regionalismo dentro da pauta cultural de nosso país.

Basicamente o que o Zeca tentou fazer, mas foi muito infeliz na sua empreitada de comparar o evento com Jardim Secreto, convenhamos.

Que bosta foi aquela?!

Mas fora a comparação esdrúxula, concordo muito com o cara. Vou explicar por que.

Essa centralização do que é culturalmente valoroso nesse anteriormente citado eixo Sudeste  - Centro-Oeste magoa muito quem está de fora, pois negligencia figuras que, dada a devida importância, quem sabe enriqueceriam essa pauta.

E aqui não me refiro apenas aos sulistas, pois penso que o mesmo descaso se daria a uma persona de origem nortista ou nordestina.

Ainda que no caso de Ariano Suassuna tenham sido rendidas justas homenagens. Porém, curtas também, na minha opinião.

Mas, ainda assim, precisamos repensar, de novo e sempre, porque esquecemos a cultura de alguns rincões em detrimento da cultura de outros, ou ainda das metrópoles - das velhas e das emergentes - detentoras do PIB nacional.



quarta-feira, 1 de julho de 2015

Força na peruca!

Exposição coletiva que mostra a história do acessório, que começou no Egito, representou elegância na corte francesa e passou por períodos de decadência e preconceito. A evolução das perucas e sua importância histórica são apresentadas por meio de painéis e obras de artistas plásticos, criadas especialmente para a exposição.

 

Lá você ainda fica sabendo como doar cabelo para instituições que fazem perucas para pessoas que usam medicações que causam a perda do cabelo!

Início: 02/06/2015 | Término: 26/07/2015
Preço: Entrada franca

Local: Av. Almirante Barroso, 25, Centro (Metrô: Estação Carioca) - Rio de Janeiro - Caixa Cultural

quarta-feira, 10 de junho de 2015

Hamlet ou Morte

Um amigo querido me convidou pra assistir essa peça, que conta com iluminação dele e com uma companhia de teatro cheia de gente jovem e talentosa e que, se depender das críticas que andei vendo por aí, promete muita coisa!

A Cia. Os Trágicos promete

Sinopse

Em plena Inglaterra Elisabetana quatro condenados à morte recebem, como último pedido, o direito de se apresentarem à rainha na tentativa de escapar da forca. Sem muita noção do que é teatro, decidem encenar as poucas páginas de uma história fascinante, roubadas de um tal de Shakespeare. Até o padre decide ajudar, "oferecendo seus préstimos" à apresentação dos 4 larápios. 

Ficha Técnica

Autor: adaptação de obras shakespearianas
Elenco: Diogo Fujimura, Gabriel Canella, Mathias Wunder, Pedro Sarmento e Yuri Ribeiro
Direção e Adaptação: Adriana Maia
Cenário e Figurino: Adriano Ferreira
Programação visual: Rodrigo Drade
Audio visual : Diogo Fujimura 
Diretor de Produção : Mathias Wunder
Produção : Os Trágicos e Lotus Produções


A peça está em cartaz no Teatro Poeirinha, em Botafogo, até 28 de junho de 2015, de quinta a sábado, às 21h e domingos às 19h.

A gente se vê lá nesse fim de semana!

Teatro Poerinha
R. São João Batista, 104
Botafogo, Rio de Janeiro - RJ
22270-030, Brasil
+55 21 2537-8053
teatropoeira.com.br


sexta-feira, 5 de junho de 2015

Infância, tiros e plumas


Um avião. Três estórias que se entrelaçam em um voo. Traição, ganância, assassinato e desilusão se encontram nesse voo, cheio de personagens tragicamente cotidianos e atuais.

Simplesmente não há palavras pra descrever o quanto essa peça é boa!

Texto incrivelmente atual de Jô Bilac, atuações estriônicas de tão engraçadas - destaque para Débora Lamm - cenário impecável e a luz e a trilha sonora são quase que personagens adicionais.

Basicamente a peça não existiria sem cenário, luz e som da maneira como estão.

Após temporada no SESC Ginástico e curta temporada no SESC Tijuca, a peça está indo para o amado Teatro Dulcina, para apresentações em 30 e 31 de julho e 01 e 02 de agosto.

No dia 14 de agosto eles partem para o CCBB de Belo Horizonte! Então, não perca essa oportunidade de ver essa peça sensacional!

Infância, tiros e plumas

Teatro Dulcina - Rua Alcindo Guanabara, 17, Centro - Rio de Janeiro - RJ
Telefone: (21) 2240-4879

quinta-feira, 4 de junho de 2015

10 coisas que aprendi com o Snapchat





#1 É extremamente viciante!

#2 Existem várias coisas que você pode fazer com uma mão só (enquanto segura a tela do celular);

#3 Ir ao banheiro não é uma delas;

#4 Não comece o snap com interjeições chatas (obrigada, @Gabriel_Gontijo!);

#5 Permear vídeos com fotos é bacana;

#6 Dá pra viajar o mundo com snaps de viajantes, com a visão exclusiva do turista, coisa que não se faz direito desde o tempo do VHS;

#7 Não floodeie. Isso vale pra qualquer rede social, aliás. Ninguém merece ficar vendo 1500 segundos do seu cotidiano, especialmente se ele for chato. Só você mesmo;

#8 Seja você mesmo. Mas acima de tudo,  divirta - se!

#9 Cuidado pra não criar ou aumentar -  meu caso - o hábito de falar sozinha. Com o tempo, você pode acabar achando que a vida é um grande snap;

#10 Estou muito mais espontânea, criativa e leve! A vida exige tanto da gente em termos de estética e sanidade -  e o instagram também -  que o snapchat virou uma válvula de escape pra isso tudo.


Segue lá, xuxu! Só procurar por xuxudrops ;)


quarta-feira, 3 de junho de 2015

Horses Hotel



Dois jovens artistas em busca de sua identidade pessoal e criativa se encontram, de forma sexual, apaixonada, amorosa e libertária.

Acabam rumando para um hotel onde todos os artistas marginalizados da cidade se encontram e ali moram, pagando sua estadia com a sua arte, o Horses Hotel.

Acabam dividindo a cama com um michê, além de suas aspirações artísticas e descobrimento sexual.

Dentre todos os desdobramentos que podem advir de uma relação como essa e de uma estória como essa, a maneira tocante como o texto aborda o objeto da arte - no caso, o michê - e como sua identidade acaba se misturando e sendo esquecida em detrimento da arte em si, são o auge do espetáculo.

Somadas a isso, estão as atuações viscerais e ao mesmo tempo sensíveis de Ana Kutner, Alcemar Vieira e Emanuel Aragão, que faz cenas de nudez lindas - ele também é lindo, diga-se de passagem - em contraponto a uma surpreendente veia cômica.

O espetáculo é um musical punk-rock, muito bem conduzido pela banda, que toma conta do palco todo o tempo, misturando-se ao cenário, aos vários personagens, povoando o hotel/ casa.

Até 07 de junho
Caixa Cultural - Avenida Almirante Barroso, 23, Centro, Rio de Janeiro - RJ
R$20 (inteira); R$10 (meia)

terça-feira, 2 de junho de 2015

Galápagos



Carlos é um artista plástico renomado.

Vander, funcionário de uma multinacional.

Dois homens aparentemente diferentes se encontram em um bar, e lá também se deparam com um ponto de intercessão: o abismo entre ser o quer são de fato o que representam ser.

Tanto se pode explorar em um texto como esse, que muitos de nós podemos já ter vivido. Um encontro de bar, com um amigo estranho ao seu mundo, com quem dividimos estórias, uma cantora, umas doses de bebida.

E quando nos damos conta, aquilo que parecia tão estranho pode ser exatamente o que você precisava ouvir.

Acho que a peça promete, e o fato de estar em exibição em duas Unidades do SESC tão democráticas e integradoras também faz toda diferença.

Galápagos


SESC Madureira - R. Ewbanck da Câmara, 90
11 de junho, 19h30

SESC Engenho de Dentro - Av. Amaro Cavalcanti, 1661 – Eng. de Dentro
12 de junho, 20h

Valores: R$ 2 (carteira Sesc), R$ 4 (meia-entrada), R$ 8.

Classificação: 14 anos

Crítica O Globo

quarta-feira, 20 de maio de 2015

Odeon: O Retorno

Minha alegria é tão grande que precisei postar!

Adivinha quem voltou pro circuito cultural todo pomposo e fulgurante?

Nosso amado ODEON!


Claro que a roupagem e a proposta estão um pouco diferentes, mas o letreiro vermelho luminoso continua lá e a estreia não podia ser diferente : o filme brasileiro O Vendedor de Passados,  com Lázaro Ramos e Aline Morais fez as honras.

A idéia do novo Centro Cultural Luís Severiano Ribeiro é apresentar desde maratonas de filme a espetáculos de balé.

Vamos acompanhar de perto o renascimento dessa jóia do Centro do Rio,  vamos?

quarta-feira, 8 de abril de 2015

Mostra Wilker de Cinema



Em memória à carreira tão extensa, a curadoria decidiu organizar a programação destacando seus filmes mais marcantes, bem como algumas pérolas pouco conhecidas do público brasileiro, como o filme português Filha da Mãe (1990), de João Canijo, ainda inédito no Brasil, o premiadíssimo curta-metragem Eu Sou Vida; Eu Não Sou Morte (1970), de Haroldo Marinho Barbosa, e a cópia restaurada digitalmente do filme O Casal (1975), de Daniel Filho, no qual José Wilker e Sônia Braga fazem sua primeira parceria no cinema, ao lado de um grande elenco, como Suzana Vieira, Antonio Pedro e Betty Faria, que fará um debate com o público após a sessão.

Veja a programação em: http://mostrawilker.com.br/programacao/


Onde: Caixa Cultural  - Avenida Almirante Barroso, 23 - Cinemas 1 e 2
Quando: de 7 a 19 de abril de 2015

sexta-feira, 20 de março de 2015

Para sempre Alice

Assisti semana passada, finalmente, ao filme Para Sempre Alice (Still Alice), que rendeu o Oscar de Melhor Atriz a Julianne Moore, que já merecia o prêmio há um tempo e para ele foi nomeada mais de uma vez.

O filme tem um ritmo muito bom, e mostra sem correr a perda rápida de memória que ocorre com a personagem devido a um tipo raro de Alzheimer.

A sensibilidade do texto mostra a decadência da saúde da personagem e os dilemas emocionais e morais pelos quais passam seus familiares. Alzheimer de fato é uma doença que afeta toda a família. Nós perdemos a pessoa amada pouco a pouco, porém a sua presença persiste.

O filme ainda coloca Kristen Stewart em seu devido lugar, como coadjuvante, mas em uma atuação sensível e delicada da filha que tem dificuldades de se relacionar com a mãe, mas é a única que tem a sensibilidade necessária para entender o processo pelo qual a mãe está passando.

Vale a pena ver!


quinta-feira, 19 de março de 2015

20 filmes que seus filhos precisam ver

Quando escrevi aquele post com os filmes em cartaz, fiquei pensando nos filmes que marcaram a minha infância.

Além dos clássicos de terror que passavam à tarde no SBT - quem lembra do Freddie Krugger? Chuckie? E os Tomates Assassinos??? Isso sim é um clássico do trash - e das repetições incansáveis da Sessão da Tarde, tinham ainda os clássicos de verdade que eu assistia nas férias de verão com meu irmão durante a madrugada, no Corujão, do lado de fora da casa, porque era muito quente. Saudade daqueles verões!

Foram esses filmes que despertaram minha paixão e curiosidade por cinema desde cedo e ajudaram a formar meu gosto pela coisa.

Claro que os filmes atuais também são muito bons e muitos deles estão na minha lista abaixo, mas os clássicos com certeza são a maioria dos filmes que seus filhos não podem deixar de ver antes de crescer.

A Fantástica Fábrica de Chocolate - 1971

Nada contra a versão de Tim Burton, o cara é um gênio! Isso sem falar da atuação de Johnny Depp, que é incrível na nova versão.
Acontece que Gene Wilder é tão incomparavelmente louco e divertido na versão de 71, que morro de rir! Ele é mais distraído e falastrão do que o Wonka traumatizado de Johnny Depp.

E o Charlie da versão antiga me causa muito mais empatia.

O Pequeno Príncipe 

Baseado no livro de Antoine de Saint-Exupéry, o filme conta a história do encontro de um piloto de avião perdido após uma queda e um principezinho que surgiu misteriosamente no deserto, vindo de um asteróide, carregado por uma revoada de patos. O menino que interpreta o príncipe é um sonho de tão lindo e doce e a estória, bem, vamos parar por aqui senão eu começo a chorar de tão fofa que é!

Mary Poppins

Julie Andrews incorpora lindamente uma mágica babá que dá de dez a zero na Super Nanny nesse clássico musical da Disney! Um dos meus filmes favoritos até hoje! Não à toa Walt Disney pelejou muito pra conseguir os direitos sobre esse texto e o estúdio vai relançar agora uma versão dirigida por Tim Burton (de novo!) e estrelada por Cate Blanchet, em 2016. Já estou ansiosa!

A Noviça Rebelde

Julie Andrews (de novo!) aqui larga o noviciado para ser babá (de novo!), só que desta vez de uma penca de crianças, filhos de um austríaco que depois é perseguido pelo nazismo. Se as crianças estiverem começando a estudar a Segunda Guerra na escola, é um bom filme pra contextualizar com uma pegada mais leve que A Lista de Schindler.

E.T

Porque é Steven Spielberg. Porque a Drew Barrymore é uma fofa. Porque o E.T é muito engraçado! E é quase um messias! E ele precisa voltar pra casa.



A História Sem Fim
Até hoje fico nervosa com a quantidade de desafios que o Bastian tem que enfrentar! É uma história de fantasia e de superação que me inspirou na infância e você ainda dá pro seu filho a oportunidade de ver como eram toscos os efeitos especiais do Harry Potter da nossa época. 




Gremlins

Porque o mundo precisa entender e lembrar como o Gizmo é fofo!!! Argh!!! E saber sobre a importância de obedecer orientações e o papai e a mamãe.



Nanny McPhee

Eu não sei de quando são os livros da Nanny McPhee, mas os filmes são bem recentes. Por isso digo que é uma versão mais nova da Mary Poppins, sem música e com o lindo do Colin Ferrell. Pelo menos a mamãe tem um colírio pra olhar enquanto as crianças se divertem e também aprendem sobre a importância da disciplina, solidariedade e afeto.



Lua de Cristal

Porque sonhos sempre vem pra quem sonhar! :P
E por mais tosco que esse filme seja - é tosco, gente! Simplesmente reconheçam! - acho legal apresentar o contexto sociocultural em que vivíamos. E isso inclui o cinema. Se der munição pra eles nos zuarem, paciência. Hoje eles curtem Peppa Pig, aquela porca com uma cara pornográfica.





Meu primeiro amor

Outro clássico que não morre! O amor inocente dos protagonistas, o ciúme da protagonista pelo pai que redescobre o amor depois da viuvez e a caracterização do filme dos anos 60 faz dele um must see.





Uma babá quase perfeita

Dentre todos os filmes infantis que Robin Willians fez, este é meu favorito! As engraçadas trapalhadas de um pai que faz qualquer coisa pra estar perto dos filhos depois de um malfadado divórcio são encantadoras! E a caracterização de Mrs. Doubtfire é perfeita!

Estou começando a perceber que eu tenho uma coisa com babás.




Os Trapalhões

Porque né, seus filhos precisam conhecer Zacarias e Mussum, que eram só a melhor coisa dos Trapalhões. Como dizem, os bons morrem cedo.



O Pequeno Nicolau

Se você já estiver esperando seu segundo, esse filme pode ser uma boa pedida pra esse domingo. Nicolau fica às voltas ao desconfiar que terá um irmãozinho, até que se dá conta que não é uma ideia tão ruim...



O Jardim Secreto

A velha estória da menina rebelde que salva o primo de uma vida de cárcere escuro e sem afeto ainda é encantadora pra mim! Com certeza ainda será pros seus pequenos.





Babe

Ele é um porquinho lindo e rosa! E ele fala! Mas vão comer ele! Oh, não!
Melhor filme da vibe "mamãe, não vou comer o polvo porque são os animais".

Não entendeu a referência? Clique aqui.




Free Willy

Taí uma coisa boa dos anos 90: filmes com pegada ambiental. Nada melhor que um filme pra ensinar seus filhos sobre como preservar a Natureza é importante.




Toy Story

joint venture mais bem sucedida da história do cinema de animação, a Disney • Pixar® conta a como seria se seus sonhos infantis se realizassem, ou seja, se os seus brinquedos ganhassem vida.




Monstros S.A.

Depois de Toy Story, foi o filme mais fofo e divertido que lançaram pela Disney Pixar ®. A energia do mundo dos monstros é obtida pelo susto das crianças. Mas e se uma dessas coisinhas tóxicas ensinasse a verdade sobre isso tudo pra todo mundo?




Meu Malvado Favorito

Gru é um vilão que adota três meninas pra ser bem sucedido em um plano de maldade. Mas ser vilão é difícil enquanto você e seus fiéis escudeiros Minions se apaixonam pelas crianças e vão pouco a pouco formando uma família.

E se você ainda não sabe quem são os Minions, prepare-se pra se apaixonar também!





E correr pros cinemas em 2015 pra ver o filme só deles!

Lembrando que Mary Poppins e O Pequeno Príncipe terão remake em 2015!



Veja também:

 http://criancas.uol.com.br/album/filmeslegais_dvds_antigos_album.jhtm#fotoNav=4

quarta-feira, 28 de janeiro de 2015

[teatro] Nômades em cartaz até março

Como fazer as pazes com a morte?

E quando a morte é de uma estrela cadente, de um meteoro que causou explosões por onde passou e provocou todo tipo de sentimento?

São essas as perguntas que três atrizes tentam responder enquanto relembram a trajetória da amiga perdida, fazem covers e homenagens a artistas que passaram ou ainda passam pelo Universo assim, de forma portentosa e explosiva.

Com um texto forte, cheio de conceitos e filosofias que permeiam o nosso cotidiano e questões que tiram o sono de muita gente, uma iluminação inesperada, e uma condução do cenário mais inusitada ainda, Mallu Galli, Andréa Beltrão e Mariana Lima nos conduzem nessa viagem de dor e alegria que só a existência humana de pessoas nômades em busca de um ponto estático em si mesmas pode explicar.

Nômades está em cartaz até 29 de março de 2015.

Onde: Teatro Poeira, Rua São João Batista, 104 – Botafogo – Rio de Janeiro – RJ
Telefone: (21) 2537 – 8053
Quanto: R$80
Quando: Sexta e Sábado, 21h; Domingo, 20h

terça-feira, 27 de janeiro de 2015

Como ter um pedacinho do TEDx Blumenau com você



"O TED é uma organização sem fins lucrativos com o espírito de promover ideias que merecem ser espalhadas", começa o site do evento.

O TED já se popularizou como um evento de divulgação de ideias, sejam elas novas ou não, através de palestrantes inspiradores e que disponibiliza boa parte dessas palestras para todo mundo ver, na internet, espalhando essas ideias pelo mundo como um dente de leão ao vento.

Algumas palestras são antológicas e os frequentadores dos eventos já disputam lugares na plateia como se fosse uma partida de futebol.

O conceito do TED abrange todo tipo de ideia, desde artes à ciência, tecnologia à comportamento humano, e agora Blumenau contará com um evento organizado de forma independente, mas ainda sob a égide do conceito TED. Será o TEDx de Blumenau 2015.

Na sala de coffee break do TEDx de Blumenau, onde os palestrantes (speakers), ouvintes e participantes se encontrarão nos intervalos das atividades do evento, será exposto um mosaico artístico de 14 metros quadrados, com manifestações artísticas de várias pessoas do Brasil e do mundo.

Para financiar o mosaico, a empresa Realiza disponibiliza a confecção de bolsas e pôsteres em neoprene com a arte que você escolher, dentre as que comporão o mosaico.

Dessa forma, você ajuda a expor a arte desses artistas em um evento que tem tudo a ver com isso e ainda leva a sua arte favorita pra casa!

Eu não resisti e comprei duas! Afinal, tem um baita desconto rolando até o dia 01/02/2015.

Uma das artes é de uma das minhas poetisas favoritas nessa blogosferinha de meu Deus, Cláudia Iara Vetter, e outra que eu gostei muito é da Aline de Souza Rocha.


Bolsa TEDx com a arte da Claudinha <3 font="">

A arte da Aline também me atraiu o olhar

Ainda será promovido um encontro entre os artistas e os financiadores do evento!


Então, se você curtiu a ideia de ter um pedacinho desse mosaico com você, financiar um evento tão bacana como um TEDx e ainda quem sabe encontrar essas cabeças hipercriativas, o link é esse aqui ó: http://www.reliza.com.br/tedx

O link para a bolsa com a arte da Claudia Vetter é esse aqui --> http://www.reliza.com.br/produto/T310.001-375/bolsa-multiuso-holiday-mosaiqueira-63-claudia-vetter

O blog da Cláudia é esse: O Retrato da Nudez Eólica, que é o título do primeiro livro dela.

Cláudia é uma força criativa em Blumenau e me enche de orgulho ter assistido parte do crescimento da identidade dela como poeta e artista. Fico muito feliz de dividir essa notícia com vocês!

Parabéns, Claudinha! ;)

CONEXÕES QUE QUEBRAM PARADIGMAS

MAIS DE 100 ARTES EXCLUSIVAS CRIADAS PELOS MOSAIQUEIROS PARA DAR VIDA A UM TAPETE MOSAICO ARTÍSTICO DE 14 METROS DE DIÂMETRO PARA O TEDX BLUMENAU 2015.


Acesse o site, conheça a proposta, como a galeria de arte do projeto
 e deixe inspirar! http://www.reliza.com.br/tedx




segunda-feira, 26 de janeiro de 2015

'A Visita da Velha Senhora' estreia em 29 de janeiro


Encenado no mundo inteiro, o grande clássico do dramaturgo suíço Friedrich Dürrenmatt ganha uma nova montagem na cena carioca. As sessões de estreia e lançamento do espetáculo serão nos dias 29, 30 e 31 de janeiro, de quinta a sábado, na Sala Multiuso do CCPJ-Rio, localizada no Antigo Palácio da Justiça, Rua Dom Manuel, 29, Centro. As apresentações serão sempre às 19h, com entrada gratuita, com distribuição de senhas para o público externo a partir das 18h30. O espetáculo é uma realização do CCPJ-Rio, em homenagem aos 15 anos do programa “Teatro na Justiça”, em curso no âmbito cultural do Poder Judiciário do Rio de Janeiro desde 1999.  

No elenco estão: Maria Adélia, Marcos Ácher, Rogério Freitas, Eduardo Rieche, Paulo Japyassú, Sávio Moll, Laura Nielsen, Renato Peres, André Frazzi, Anita Terrana, Pedro Lamin e Pedro Messina. A direção é assinada por Sílvia Monte, a direção musical é de Marcelo Coutinho, cenário, de José Dias, figurino de Pedro Sayad e iluminação de Elisa Tandeta.

A história se passa numa pequena cidade da Europa Central, Güllen, que vive na miséria, arrasada por violenta crise econômica. Um dia, porém, a cidade é tomada por movimentação incomum. Todos os seus habitantes se preparam para receber a mulher mais rica do mundo, Claire Zahanasian (Maria Adélia). Clara Waescher nasceu em Güllen, quando tinha dezessete anos namorou Alfred Schill (Marcos Ácher). Grávida e abandonada por Schill, ela moveu na justiça de Güllen uma ação de “investigação de paternidade”. Um processo humilhante ao fim do qual ela acabou sendo expulsa da cidade. Grávida e abandonada Clara tornou-se prostituta e, no bordel, ela  conhece o arquimilionário Zahanassian com quem se casa. Viúva, ela torna-se a única herdeira de um grande império. Quarenta e cinco anos depois de ter sido expulsa da cidade ela retorna a Güllen  com o firme desejo de vingar-se. Clara ajudará a sua cidade natal, mas impõe uma condição: um bilhão em troca da cabeça de Alfredo Schill.

A peça “A Visita da Velha Senhora” é obra-prima da dramaturgia mundial e mola mestra da carreira do autor suíço Friedrich Dürrenmatt (1921-1990). Um texto contundente sobre a hipocrisia social e a falência dos valores humanos. Uma desenfreada sátira ao poder do dinheiro e à queda dos valores. 

Fonte : TJ/RJ

segunda-feira, 5 de janeiro de 2015

Zeca Baleiro na Caixa Cultural



O cantor e compositor maranhense Zeca Baleiro faz show solo na Caixa Cultural Rio de Janeiro, de 9 a 11 de janeiro de 2015 (sexta a domingo). Para as apresentações, o músico está selecionando canções autorais como Telegrama e Babylon, entre outras do cancioneiro nacional.

Neste formato, acompanhado apenas de violões, além de uma proximidade maior com o público, Baleiro tem mais liberdade e espaço para improvisos, garantindo boas surpresas ao longo do show. “Faz um tempinho que não faço shows neste formato de voz e violão. 

Vai ser muito gostoso voltar a fazer este show no Rio, no teatro da CAIXA Cultural. É um show que permite maior interação com o público, experimentar canções que normalmente não estão no meu repertório”, comenta Zeca Baleiro.

O músico nasceu em 11 de abril de 1966, em São Luís (MA), e construiu uma carreira sólida, com arranjos elaborados e sua espirituosa visão de mundo registrada em canções originais. Seu primeiro disco - Por Onde Andará Stephen Fry? - foi lançado em 1997. 

Desde então, lançou outros nove discos de músicas inéditas, alguns projetos especiais e sete DVDs. O mais recente trabalho - Calma aí, Coração - saiu em CD e DVD, em 2014, mesmo ano em que elaborou seu primeiro álbum infantil, Zoró (bichos esquisitos) Vol.1.

Além da música, Zeca Baleiro vem desenvolvendo trabalhos em novas áreas como o teatro e a literatura. No segundo semestre deste ano, lançou o segundo livro - A Rede Idiota e outros textos -, com artigos publicados na revista IstoÉ e no blog Questões Musicais, da revista Piauí, além de textos publicados em diversos jornais e revistas e outros escritos especialmente para o livro. Seu primeiro livro - Bala na Agulha - foi lançado em 2010.

[+] info:


Onde: Caixa Cultural - Teatro de Arena - Av. Almirante Barroso, 23 - Centro - Rio de Janeiro - RJ

Quando: 9 a 11 de janeiro de 2015

Quanto: R$20 inteira; R$10 meia

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