terça-feira, 11 de janeiro de 2011

Sonhos em tempo real

Acordamos às cinco da manhã pra estar às sete no Hospital Veterinário, na Mangueira.

Fomos dali direto pro trabalho, cada um no seu transporte público usual.

No trabalho, ganhei um livro de arte de presente, um livro de uma exposição do Torres Garcìa.

Já em casa, folheio ansiosamente o livro, como se pudesse absorver com o olhar tudo o que eu preciso saber, sem me ater a detalhes ínfimos demais.
Eu já estava sem sono naquela hora, mas foi como se os desenhos e aquarelas me borrassem a vista. Acho que a simplicidade às vezes é demais pros olhos humanos.

Deitei do lado do meu amor, que já dormia seu sono de bom homem, de dever cumprido, de companheiro reconhecido, e ali depositei meu sono, como criança em caixa de areia. Quem dorme com a cabeça cheia de ideias nunca dorme sozinho e quieto.



Acordei com uma ligação da minha mãe, me pedindo um favor. Me pediu mil desculpas por me acordar, sabia que eu estava cansada. Não sabe ela que acordar pra ouvir voz de mãe é como pular de um sonho pro seguinte?
Desligo. Rolo na cama. Não consigo mais dormir.
Gonzaguinha canta muito alto na minha rádio mental.


Quando eu soltar a minha voz
Por favor, entenda
É apenas o meu jeito de viver
O que é amar


http://letras.ms/C2Z


A mente faz um rewind, pra garantir que eu não esqueça o que ela tentava me dizer enquanto o Gonzaguinha cantava no meu quarto. Na verdade, a minha mente se personificou no Gonzaguinha, tentando me explicar o óbvio.


Não consigo parar de pensar na arte, na vida da arte e como é nossa obrigação que ela se concretize na vida material e cinza que a gente vive.


Fico imaginando como seria uma exposição dos quadros da Tia Aline, ladeados de poesias minhas, da Claudinha, de muitos outros escritores que entendessem dessa necessidade que é colocar a arte pra viver lá fora.


Depois de bater um papo de cerveja com a Débs na semana passada, fico concatenando projetos em que o Linfa poderia se inserir, como a gente conversou. Viraria um projeto maior, uma produtora de arte, de propagação das nossas mentes em constante on/off.


A exposição podia rolar em alguma Lona Cultural ou SESC da Zona Oeste. Porque entre as ruelas desmazeladas e os condomínios arborizadamente mortos, tem um cheiro que urge por arte acessível na Zona Oeste da cidade.


Nem ouso falar da Zona Norte. ¬¬


Urgentemente preciso botar pra fora tudo o que eu pensei, antes que o Gonzaguinha suma, porque aí eu não vou mais lembrar do que ele me disse. De tudo isso que ele me disse.


Porra, depois de tudo isso, como aquela maldita terapeuta pode dizer que eu
estou deprimida? Acho que nos sonhos ninguém é triste, insatisfeito. Nos sonhos, as coisas simplismente acontecem, enquanto alguém bacana canta o refrão nonstop.


O blogger é a salvação mas em compensação, não é como o Facebook, que podia publicar a essa altura no mural desse povo todo. No mundo real, as coisas não são tão fáceis assim, benhê.

Hum, até mais, Gonzaguinha. Valeu, cara. Volte sempre.


Não acredito que tudo o que postei no twitter hoje é que tava com sono. Subestimei o sono.



segunda-feira, 10 de janeiro de 2011

Good Vibes Nenekatz

Xuxus, pela necessidade de desabafar e afastar um pouco a tristeza e quem sabe orientar alguém de quebra é que escrevo esse relato.
 
Meu gatinho de 5 anos apareceu certo dia com uma ferida feia no pescoço. Uma semana depois, mesmo já tendo sido castrado há muito tempo, cismou com uma gatinha no vizinho -   nunca entendi esse comportamento dele!  Se castrou, já era, benhê! No more pussycat 4 you! - e passou uma semana no assoalho da casa do vizinho, sendo mal-sucedidas  as tentativas  da minha mãe de tirá-lo de lá.
 
Quando voltou, apresentava todos os sintomas da esporotricose. Triste, pois sempre tive muito medo dessa doença e sei que nos gatinhos ela é mesmo muito feia.
Os sintomas se iniciam com feridas moles, que evoluem para feridas abertas, purulentas, com bastante secreção, avermelhadas e que vão formando um rastro pelo corpo do gato. A doença é transmissível para humanos, sendo um mero incômodo para nós, mas fatal para gatos e outros animais , pois pode invadir o organismo de forma sistêmica, abalando o sistema respiratório e até outros órgaos vitais .
 
Iniciamos tratamento assim que a doença foi diagnosticada, o que demorou um pouco. Precisamos ter determinação perante a veterinária, que acabou errando o primeiro diagnóstico diante dos sintomas um tanto quanto ocultos. No início a doença não é muito aparente. Parecia ser apenas uma reação infecciosa da ferida maior, que provavelmente foi a porta de entrada para o fungo causador da esporo.
 
Deve fazer quase um mês que ele está se tratando, e ele está apresentando altos e baixos característicos da doença. O tratamento pra ele está sendo sofrido e pra minha mãe, que cuida dele, também. Ela lastima muito a doença, tadinha. Sofre com o sofrimento dele. Algo totalmente compreensível para quem tem animais de estimação e os ama do fundo do coração.
 
Por  orientação da veterinária, procuramos a FioCruz, com aquele último fiozinho de esperança no coração. Foi quando soubemos que lá não estão atendendo mais! Mesmo assim, a atendente me passou o telefone do Instituto Jorge Vaitsman (2284-1371), que fica na Mangueira, perto do 1º Batalhão do Exército , na Avenida Bartolomeu de Gusmão, 1120, São Cristóvão, no Rio de Janeiro. Segundo minha mãe o atendimento telefônico foi muiito atencioso, as consultas custam apenas R$ 15,00 e os exames são gratuitos! O  rapaz sugeriu que ela chegasse ás 7h da manhãAs senhas de atendimento são distribuídas às 8h. Estamos com mais um pouquinho de esperança! 
 
Sabemos que  o tratamento é longo, ainda mais sabendo que a doença já atingiu o sistema respiratório.
 

Mas eu tenho fé de que vai dar tudo certo e agradeço qualquer oração ou emissão de vibração boa que eu possa conseguir pro Nenekatz! (O nome dele é Frederico, mas minha mãe deu esse apelido quando ele chegou e nunca mais saiu,rs)

Fiquei chocada ao saber que muitas pessoas, inclusive veterinários tem sacrificado seus animais infectados pelo esporo, quando há tratamento!

Xuxus, amem seus animais! Eles nos foram confiados não à toa! São de nossa responsabilidade sua disciplina e saúde, e devemos retribuir-lhes todo o amor que nos dispensam! Creio muito fortemente que nossos animais são como anjos da guarda, lembranças da natureza ou de Deus, como queira pensar, de como nossa existência se dá e depende de AMOR.

Para saber mais sobre esporotricose, acesse o site www.sosfelinos.org.br. É um excelente trabalho de informação, orientação e cuidado dos gatinhos aquele feito pelo pessoal desse site! Colabore com as campanhas e fique por dentro das orientações de como ser um dono responsável.

Instituto Jorge Vaitsman: www0.rio.rj.gov.br/ijv

Arca Brasil (leia sobre Posse Responsável): www.arcabrasil.org.br

P.S.: A Rosely do SOS Felinos acabou de me dizer que o atendimento no IJV não é tão bom na FioCruz, mas que tem gente que gosta. Como já tivemos muitos gastos e eu estou desesperada, amanhã o Nenekatz vai pra lá. Eu conto como foi depois. ;)

 

sábado, 8 de janeiro de 2011

Frango ao molho curry

Bom dia, XuxuLand!
Como esse é um blog que fala sobre nada e acaba, por isso, falando sobre tudo, e por isso, não faz sucesso algum, vim dividir mais uma das minhas invencices culinárias com vocês!
Fazia tempo que eu não fazia isso, né?
Enfim, eu tenho uma amiga que cozinha pra caramba e o namorado dela veio uma vez, em mil novecentos e bolinha, me dizer que ela fazia um frango com requeijão e curry que era uma loucura! Acabei não me aprofundando na história mas fiquei curiosa.
Há uns dias li numa revistinha que curry era bom pra digestão e supostamente pra obesidade. Comprei um saquinho toda feliz.
Ontem, com todos os ingredientes à mão, resolvi iniciar a empreitada.

Ingredientes:

1/2 peito de frango desossado e sem pele
1 colher de chá de curry (também conhecido como cúrcuma ou açafrão)
sal a gosto
pimenta branca ralada a gosto
1 pitada de gengibre
2 dentes de alho
1 col. de sopa de óleo
4 col. de sopa de requeijão (pode ser light)
2 col. de chá de ervas finas
1 col. de sopa de salsa picada
3 col de sopa de milho cozido

Corte o peito de frango em cubos.
Pique os dentes de alho e esfregue no frango. Tempere o frango com sal.
Coloque o óleo em uma panela e em seguida o frango. Cozinhe o frango. Quando estiver branquinho e cozido, coloque o curry, a pimenta e o gengibre. Cozinhe um pouquinho mais, mexendo com uma colher, até que o frango fique bem amarelinho, com a cor do curry.
Quando isso acontecer, acrescente o requeijão. Mexa bem até o requeijão adquirir uma consistência mais líquida.
Acrescente as ervas finas e deixe ferver dois minutos.
Acrescente a salsa.
Acrescente o milho e mexa.
Prove e corrija o sal, se necessário.

Você pode comer acompanhado de arroz, fica uma delícia!

Você pode incrementar com mais ingredientes se quiser. Hoje nós vamos colocar champignon e usar o preparado como molho de macarrão.

Depois passo aqui e digo se ficou bom assim! ;)

Ah, e claro que o milho e o macarrão cortam todo aquele papo da cúrcuma ser boa pra obesidade porque, convenhamos, o macarrão e o milho só são bons para aumentar a obesidade!

Mas é sábado, data mundial da auto-indulgência e da preguiça de cozinhar refeições elaboradas! Yey!

Então vai ser macarrão mesmo.

Bom fim de semana, xuxus!

P.S.: Com macarrão fica gostoso, mas o prato perde em apresentação. Pra deixar o molho mais cremoso, coloquei um pouco de creme de leite, meia embalagem talvez. O Igor pediu alguns champignons. Ficou super gostoso, parece até um strognoff diferente. Mas em vez de usar como molho de macarrão, eu usaria  como acompanhamento para nachos ou torradas e canapés, pra brincar com a textura da comida.

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