terça-feira, 29 de setembro de 2009

Resultado

Nem contei,né?
Entrei na Bienal à tarde e saí de lá depois da xepa.Foi divino!
O chato é que estou endividada até a minha próxima geração.Sim, dívidas assim alcançam herdeiros, de tão grandes!
Mas diante do resultado da 1a fase da OAB, não poderia deixar de comprar livros e livros em Direito.Pena que encontrei vários clássicos baratinhos, coisa de R$ 10,00 e miacabei.
Acho que a MasterCard me ama agora!
Como é sabido e notório, os bancários estão em greve.
Estou aproveitando o tempo livre pra estudar e ler todos esses pequenos tesouros que adquiri.
Mas sobra tempo pro meu  nouveau tesouro também.Segundo a terapeuta, tempo até demais!
Por que quando a gente ama, se entrega tanto?
Ah, mas teria graça se fosse diferente ?Acho que não.
Vamos ver o resultado disso tudo.
Ops, aviso de bateria do netbook!

Até mais ver,xuxus!
Vou ler Jane Austen. o/

sexta-feira, 18 de setembro de 2009

Dia de Bienal,eba!


A falta de tempo evitou que eu o fizesse antes, mas amanhã estou lá sem falta!
A Bienal é um ótimo lugar pra encontrar os melhores títulos com bons preços.Ótimas editoras estão lá prontas pra oferecer descontos e algumas barracas são favoritas!
Estou doida por uns livros em Direito do Trabalho (espero que eu os encontre!) pra poder estudar pra 2ª fase da prova da OAB, e também pra dar uma olhada básica nos livros da Editora Leon Dennis.
A dica é sempre ir nos últimos dias, pois as editoras estão querendo vender e os descontos geralmente são maiores.
Ótimas palestras ocorrem todo dia com autores maravihosos,que atraem todo tipo de leitor.
Em um país como o nosso, em que somente a educação parece ser a salvação, eventos como esses são oásis no meio do fogo cruzado do nosso dia-a-dia de correria e ignorância.Afinal, tem mundo mais gostoso que o da leitura?

Eu ainda não encontrei diversão melhor,sorry!

Visite a página oficial do evento, encontre canais e saiba mais informações sobre a XIV Bienal do Livro do Rio de Janeiro --> Site Oficial Bienal do Livro.

Nos vemos lá! :)

quinta-feira, 17 de setembro de 2009

Missão cumprida

Existem algumas coisas que a gente não pode adiar.
Sou daquele tipo de pessoa que tem necessidades que algumas pessoas não compreendem, mas que todo ser humano tem.
Tem gente que não vive sem encontrar os amigos pra um choppinho nas sextas-feiras, pra uma pelada, pra uma balada.
Sinto urgências que são muito minhas e das quais não posso fugir. São compromissos comigo mesma que , se não cumpridos, tornam-se um empecilho no resto do viver.
É como se houvesse uma pedra no meio do caminho, e aí eu entendo Drummond. Tinha uma pedra no meio do caminho dele e dali ele não saía de jeito nenhum por causa da dita pedra.
No poema, ele sai dali e a pedra continua. Ele nunca mais esqueceu a pedra, mas a pedra ficou e ele seguiu adiante.


No meio do caminho

No meio do caminho tinha uma pedra
tinha uma pedra no meio do caminho
tinha uma pedra
no meio do caminho tinha uma pedra.
Nunca me esquecerei desse acontecimento
na vida de minhas retinas tão fatigadas.
Nunca me esquecerei que no meio do caminho
tinha uma pedra
tinha uma pedra no meio do caminho
no meio do caminho tinha uma pedra.
Clique aqui e veja a poesia no site Memória Viva de Drummond


Mas no meu caso, ou saio eu ou sai a pedra.
Pra tirar a pedra do caminho, vale tudo: pintar, desenhar, escrever, ler, ouvir música, coisas que me inspiram e me tiram da rotina saturante.
E essas necessidades são tão urgentes que se eu as adio por muito tempo, depois desse muito tempo passado, elas me arrebatam de uma maneira que nada pode me deter e ninguém pode me parar - preciso fazer aquilo.
Nesse vídeo aí embaixo, Elizabeth Gilbert, autora do best seller Comer Rezar Amar fala sobre criatividade e cita uma autora que lhe inspira. Esta autora conta uma história:
Ela trabalhava no campo com a mãe e quando sentia que uma poesia vinha chegando, precisava correr e achar um pedaço de papel e lápis, para que a poesia não lhe escapasse. Literalmente a pegava pelo rabo (!!!), e às vezes acontecia de puxá-la pela memória de tal maneira que vinha de trás pra frente.
Exatamente como me sinto...
Por sorte, as ideias vêm e vão com frequência, me dando a oportunidade de agarrá-las novamente. E quando as alcanço e as concretizo, é como se a pedra se movesse, enfim.

Aos que convivem comigo de uma forma ou de outra, peço desculpas de antemão pelos meus rompantes, surtos criativos, urgências de solidão criativa...
Meu namorado mesmo vive sofrendo com isso, sofreu por conta desse mesmo post, pois é ele quem revisa o que escrevo.E esse post resolveu aparecer na cabeça ali pelas 3 da manhã.Obrigada pelo apoio, meu amor! (L)

Vejam o vídeo. Vale a pena! Além de boa autora, a moça tem boas dicas.E ela tem timing pra comédia, olha que legal!

Mas um aviso: preparem o ouvido com tradutor, porque é em Inglês!

segunda-feira, 14 de setembro de 2009

Ser bancário é padecer.Ponto final.

 
Três amigos se encontram, durante um almoço...
- O que você está fazendo na vida, João (ex-executivo da Pirelli)?  
 
- Bem... eu montei uma recauchutadora de pneus. Não tem aquela estrutura e organização que havia quando eu trabalhava na Pirelli mas vai indo muito bem...  
 
- E você, José (ex-gerente de vendas da Shell)?

- Eu montei um posto de gasolina. Evidentemente também não tenho a estrutura e a organização do tempo que eu trabalhava na Shell, mas estou progredindo... - E você Orlando (ex-Gerente de um grande Banco)?

- Eu montei um puteiro. 

- Um puteiro???

- É, um puteiro! É claro que não é aquela zona toda do Banco, mas já tá dando algum lucro...

Segue o motivo.

O que é ser Bancário
1   - Você trabalha em horários estranhos (que nem as putas).  


2   - Te pagam para fazer o cliente feliz (que nem as putas).  


3   - Seu trabalho vai sempre além do expediente (que nem as putas).  


4   - Você tem que ser produtivo de dia e de noite (que nem as putas).  


5   - Você é recompensado por realizar as idéias mais absurdas do cliente (que nem as putas).  


6   - Seus amigos se distanciam de você e você só anda com outros iguais a você (que nem as putas).  


7   - Quando você vai ao encontro do cliente você precisa estar apresentável (que nem as putas).  


8   - O cliente sempre quer pagar menos e quer que você faça maravilhas (que nem as putas).  


9   - Quando te perguntam em que você trabalha você tem dificuldade para explicar (que nem as putas).  


10 - Se as coisas dão errado é sempre culpa sua (que nem as putas).  


11 - Todo dia você acorda e diz: NÃO VOU PASSAR O RESTO DOS MEUS DIAS FAZENDO ISSO (que nem as putas).  

 

quinta-feira, 3 de setembro de 2009

Ao caminhar com o cachorro...

Faz cinco horas que o sol mudou de lado no céu.
Escuto um estrondo de trovão na porta e um chamado:

-Ei, você aí!

Quando olho, vejo a minha cachorra me olhando com uma cara de reprovação.

-Que que foi,heim, Dalila?

-Você tá sentada aí há um tempão!Sabe que horas são?

-Sei.Cinco horas.Desde quando você tem noção de hora,sua cachorra esquisita?

-Heim?Sei lá, mas tá na hora de caminhar!Você sempre sai pra passear essa hora, vamos você não tá fazendo nada mesmo.

-Quem te disse isso?Eu tô estudando, não tá vendo?

-Mentira!Vamos passear!Vamos!Vamos!Vamos!
Ela se joga contra a porta.

-Eu vou arrombar a poooorta!Vamos!

-Cacete, como você é insistente, cachorra!Tá,tá bom, vou me arrumar.

Enquanto eu calço os tênis, Dalila invade o quarto como um raio.

-Quer ajuda pra colocar?Ela morde os cadarços.

-Não, obrigada!Eu aprendi a fazer isso sozinha já.Por que você não vai buscar a sua coleira?

-A porta daquele armário não foi projetado para patas, dentes ou narizes.

-É que vocẽ abre com a mão.

-Fica meio difícil pra mim,então,né?

Vergonha da minha patetice.

-Tá, eu pego.

Ela corre na minha frente e quando eu abro a porta do armário, ela pega a coleira, balança de um lado pro outro,enlouquecida.

-Nem acredito que nós vamos passear, nem acredito!Coloca logo, coloca assim,ó, em volta do meu pescoço!Ai, não aperta muito,não!Não,não, sua chata!Ah, que saco!Me dá aqui, eu coloco!

-Dalila!Volta aqui, sua louca, você não sabe colocar nada!Do jeito que você fala, nem parece que a gente passeou ontem.Você não tem memória,sua retardada?

-Só pro que me convem.

-Safada.

Saímos e mal chegamos na esquina,a cachorra já está com um metro de língua pra fora tentando me acelerar.

-Porra,Dalila, precisa puxar tanto?Que pressa, aonde você tem que ir correndo desse jeito?

-Na esquina.

-Oou, porque?

-Vai me dizer que você nunca viu ali na esquina aquela casa cheia de gatinhos?Eles são tão fofinhos!

-Que lindo seu amor por gatos,Dalila!

-Aposto que eles ficam bem mais fofinhos na minha boca. (Ignorou meu comentário).

-Vamos passar quietinhas por ali,sim?Ali mora um vizinho chato.

-Tá brincando, Fernanda?Tem quatro cachorros ali!Eu preciso fazer o social, abanar um rabo,sabe como é,né.Daqui a pouco eu tô velha e eu não tõ a fim de ficar acabada e solteirona que nem você.Então, dá licença!Vamos correr!

-Ei, eu tenho namorado!E eu não sou velha!

-Não é velha?Tá maluca, garota?!Você tem 24 anos!Fico impressionada por você ainda não usar fraldas geriátricas!

-O tempo passa diferente pros humanos,oi?

-Que desculpa esfarrapada.

-Eu, por um acaso, notei um tom de desdém na sua voz, sua cadela?

-EU?Tsc,imagina.Você que é uma neurótica,sua humana!

-Isso não é um xingamento, otária.Hahá!

-Tem certeza?

-Hum, droga.Sei lá, talvez.Depende do ponto de vista.Considerando que animais conseguem viver em harmonia em seu habitat natural e controlam o equilíbrio da Natureza através do sistema de cadeia alimentar e os seres humanos só degradam seu ambiente, colocando em perigo a própria existência no planeta Terra explorando fontes de energia não-renováveis, que são motivo de querelas diplomáticas, guerras e boatos de armamento de destruição nuclear em massa, chamar alguém de humano poderia ser um xingamento.

-Isso sem falar que somente um ser humano atingiria um nível de neurose tão grande a ponto de encetar um diálogo imaginário com seu cão.

-Óquei, depois dessa nós vamos pra casa.

Um narrador: Dalila e Fernanda caminham todo dia na ciclovia do bairro, da padaria até o posto de gasolina. enfrentando o tráfego pesado ao lado, no cair da tarde.Nem sempre é assim, mas há suspeitas de que a poluição excessiva possa ter alterado seus padrões de comportamento.

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