quarta-feira, 15 de setembro de 2010

Contra todas as expectativas

Saí atrasada hoje mas certa de que tinha em mãos tudo o que fosse necessário pra passar um dia cheio. Meu primeiro lembrete do celular tocou ainda antes que eu saísse de casa.

Mal beijei o Nouveu em despedida, saí correndo no solzão que irradiava suor em bicas para todos os seres humanos do Rio de Janeiro.

Cheguei na estação do metrô, saquei da carteira e ... me vi de mãos vazias! Esqueci a carteira em casa! Mexi em tudo na bolsa - enorme, claro. Dias agitados exigem maxibag - e nada de achar a carteira.

Voltei correndo pra casa e achei a danada no local mais insuspeito, em cima do ar-condicionado, que ainda está sem uso. Deve ter escorregado da minha bolsa, assim como quem não quer nada, sem nem considerar o lembrete do celular que tocava insistente, de 15 em 15 minutos.

Resultado: 40 minutos de atraso. E acreditem, to com tanta hora negativa no banco de horas que isso vai fazer diferença!

O dia passou tenso, corrido, agitado como eu havia previsto, e os meus músculos retesados não mentem.

Mesmo assim, não posso deixar de pensar nessas ocasiões em como nada é por acaso e que meu otimismo não me deixa descambar de todo pro lado ruim da vida.

Vivo esquecendo chaves, carteira, óculos, coisas que fazem com que eu me atrase, me enrole, postergue eventos que eu realmente queria que acontecessem, mas sabe lá se Deus ou o destino não querem que eles ocorram!

Antes de almadiçoar a minha memória e o meu atrapalhamento secular, prefiro pensar que essas coisas acontecem pra evitar que algo de ruim aconteça comigo ou com alguém que eu gosto, ou que algo ainda melhor do que eu espero que aconteça venha até mim.

Parece otimismo excessivo, mas sabe aquele negócio de "no lugar errado e na hora errada"? Quase NUNCA acontece comigo. Fora um assalto e um acidente ou outro, nunca passei uma situação de extremo risco e devo isso tudo a Deus, ao destino, sei lá, ao meu Alzheimer precoce.

Talvez até por que eu penso assim, essas coisas não costumam acontecer.

Seja qual for a teoria maluca que for aplicar a essas pequenas nuances do cotidiano, vale mais a pena pensar pro bem do que pro mal, contra todas as expectativas.

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