Semana passada fui cumprir minha promessa de ano novo de ir mais ao teatro esse ano. Promessa deliciosa de se cumprir, por sinal, afinal, a pago em parcelas de pequeno prazer.
E dessa vez foi ainda mais prazeroso de cumprir, já que fomos ver o espetáculo "A moça mais bonita do Rio de Janeiro", que está em cartaz na minha querida Caixa Cultural, na unidade da Avenida Almirante Barroso, 23, no Teatro de Arena, apenas até o dia 26 de junho!
Já é a segunda peça dirigida pelo Pedro Paulo Rangel que vejo, coincidentemente no Teatro de Arena da Caixa, e não me surpreendi de ter muita música e muita interação com o público, característica muito bem aproveitada pelo espetáculo e permitida com primor pela disposição do próprio teatro.
Da esquerda pra direita: Rodrigo Lima, René Stern e Augusto Pessoa. No centro, Pedro Paulo Rangel. |
Isso só torna a peça ainda mais divertida! Torça pra você ser a escolhida como a moça mais bonita da cidade e morrer de rir!
O texto é uma adaptação de um conto do Artur Azevedo, irmão mais velho do melancólico Aluízio de Azevedo. O irmão mais velho sempre teve uma visão muito mais jocosa e realista da sociedade carioca do século XIX, o que permite textos e crônicas muito bem aproveitadas para o teatro humorístico.
Augusto Pêssoa, que interpreta o Barão de Moreira, também adaptou o texto e criou a concepção visual da peça. Acho magnífico como no teatro a nossa imaginação voa! Quando o ator põe um colar e assume a postura do Barão, deixa de ser o mero narrador da história e ver isso acontecendo diante dos nossos olhos é surreal!
Da mesma maneira, René Stern abandona o narrador para se tornar a megera D. Firmina, mãe invejosa da moça mais bonita do Rio de Janeiro, e nos mata de dar risada com seus olhares funestos lançados em direção a uma protagonista que nunca está no palco e sempre na plateia.
As intervenções musiciais melodiosas de Rodrigo Lima são um espetáculo à parte, que roubam aplausos a cada intervalo da peça. O ator também nos brinda com uma interpretação pra lá de engraçada do irmão bobalhão de Fadinha, a protagonista.
A iluminação do Aurélio di Simoni favorece demais as cenas, pois o palco é pequeno e a iluminação acaba sendo crucial também para a criação de ambientes.
Emtão, se você gosta de textos bem escritos como eu e tá a fim de dar umas boas risadas, corra pra Caixa Cultural e veja esse pessoal no palco!
Como eu não coloco vocês em roubada, o ingresso é baratinho! Custa R$10 e tem meia para estudantes, idosos, empregados e clientes Caixa.
A peça está em cartaz de quarta a domingo.
Cinco xuxus mole mole! ;)
Quer mais informação? Dê uma olhada no release da peça no Facebook da Caixa: http://www.facebook.com/notes/caixa/espet%C3%A1culo-a-mo%C3%A7a-mais-bonita-do-rio-de-janeiro-estreia-na-caixa-cultural-rio-de/230285446998244
Quer chegar na peça sabendo do que se trata direitinho a estória? Baixe aqui o texto do conto de Artur de Azevedo.
Mais notícias sobre a peça: Globo Teatro
Só sei que eu vou de novo essa semana! Yaay!